segunda-feira, 4 de julho de 2016

Yahweh e a Criação

Deus criou o universo em seis dias e no sétimo repousou. A mais sublime de suas obras foi a espécie humana, a grande criação que ofuscou todas as outras. Yahweh amou os mortais desde o início e, por tanto adorá-los, os agraciou com a graça suprema: a alma ou livre-arbítrio. Isso aborreceu os arcanjos, que se consideravam os únicos herdeiros do Criador.
A alma encerra a verdadeira energia imortal. É o que permite aos homens exercerem o livre-arbítrio e regerem o seu próprio destino. Os anjos, apesar de poderosos, estão limitados pela natureza de suas castas. São concebidos com um único propósito. Embora possam governar as escolhas, não são capazes de se adaptarem e nem de se reproduzirem. Esse era o presente que muitos alados desejavam, e assim passaram a invejar os terrenos.
Yahweh partiu para o descanso do sétimo dia, delegando aos arcanjos a tarefa de servir a humanidade no período que estivesse ausente. Mas a inveja desses celestiais se transformou em vingança, e isolado no trono Miguel ordenou o extermínio da raça humana. Lançou incontáveis cataclismos sobre a terra, e entre eles o maior foi o dilúvio.
Deus está adormecido até que o sétimo dia termine, o que ainda pode durar milhares de anos. Por enquanto, estamos por nossa conta. Anjos ou humanos, somos nós que damos as cartas.
Com a ausência de Yahweh, Miguel foi consagrado Príncipe dos Anjos, mas ele tinha um rival: Lúcifer, a Estrela da Manhã, que desejava tomar-lhe o principado. Essa contenda deu início a primeira guerra no Céu, uma revolução que terminaria por expulsar os anjos caídos do paraíso. Lúcifer e suas legiões foram atirados ao Sheol, uma dimensão obscura na profundezas do cosmo.

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