Os arcanjos não julgavam os terrenos dignos da herança de Deus. Miguel nunca aceitou se curvar aos homens, como o Criador havia ordenado. Essa foi uma das causas, mas não a única.
As civilizações antediluvianas tinham consciência do poder da alma imortal, a maior de todas as dádivas humanas, o presente divino que foi negado aos celestes. Agraciados com o livre-arbítrio, os povos antigos traçaram seu próprio destino, erigiram nações magníficas e avançaram no estudo da mágica. Nós, espíritos imortais (anjos), nos tornamos seus mentores, o que irritou os arcanjos. Assim, quando as Guerras Etéreas terminaram, Miguel decidiu retomar a política dos grandes massacres e exterminar cada mortal sobre a terra. Suas legiões sitiaram cidades e fortalezas terrestres, inúmeras vezes, mas foram repelidas. Diante da resistência, uma catástrofe universal era a única opção. E os primogênitos (arcanjos) arquitetaram o dilúvio.
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