quarta-feira, 6 de julho de 2016

Guerra no Céu

Gabriel, o Mestre do Fogo, era a ponte de ligação dos arcanjos entre o céu e a terra. Também chamado de Mensageiro, atuava como vigilante, arauto e assassino. E foi justamente o contato com os seres carnais que o fez enxergá-los como parte da criação do Divino. Gabriel decidiu que abandonaria o ódio aos mortais, mas para isso teria que desafiar seu comandante, Miguel. Começou assim uma segunda batalha no paraíso, com os esquadrões se dividindo entre os novos rebeldes e as tropas legalistas. Miguel estacionou seu exercito no Quinto Céu, enquanto Gabriel se exilou na primeira camada ou Primeiro Céu.
Os arcanjos já lutam há séculos, e muitos escolheram seguir o Mestre do Fogo, em defesa da humanidade e contra o extermínio dos homens. O Quarto Céu se transformou num infinito campo de luta, e a partir de então os dois lados estabeleceram uma trégua na terra. Muitos foram convocados, ou seja, os que estavam na Terra foram convocados a suas fileiras na guerra no céu, isso aconteceu dos dois lados.
A casta dos Elohins é uma exceção. A natureza deles é viver com os humanos, talvez por isso seja tão difícil reconhecê-los. A convocação a qual me referi tem um nome: Haniah. A ideia original era esvaziar a Haled e deslocar o maior efetivo possível para lutar a guerra no céu. Com isso, a liberdade de viajar a terra foi restringida. Como os Elohins não dão a mínima para o que acontece no paraíso, alguns anjos de outras castas tiveram de permanecer aqui, como observadores de seus arcanjos.
Antes da guerra, todos serviam o arcanjo Miguel. Lutaram lado a lado contra Lúcifer e seus anjos caídos, enfrentaram os deuses pagãos, batalharam juntos para defender o paraíso. Obedeciam a Miguel porque na época não tinham opção.

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