Quando um humano morre, várias coisas podem acontecer. Se a alma for essencialmente maligna, há a possibilidade de ela decair ao inferno.
Os anjos chamam essa dimensão de Sheol. Inferno é um nome terreno, embora muitos dos anjos tenham adotado esse mesmo nome. Todo espírito que chega às profundezas tem chance de crescer, mas ingressar nas fileiras satânicas não é tarefa simples. Só os mais aptos conseguem, empregando violência e malícia para superar os rivais. Alguns desses candidatos se alistam como raptores, cuja missão é servir na Haled. Capturar um anjo é garantia de promoção, e aqueles que tem sucesso são aceitos imediatamente em uma das ordens infernais.
Os demônios superiores empregam raptores porque eles não podem vim a terra. A maioria até pode, de fato, mas viajar ao plano físico não é como tomar um elevador. Assim como os alados, que vivem uma guerra no céu, o Sheol também é agitado por lutas constantes: reinos contra reinos, ducados contra ducados, feudos contra feudos. Quanto mais poderoso for o demônio, mas ligado estará ao seu domínio, mais servos para comandar, mais soldados para liderar, e com tantos adversários qualquer ausência se faz perigosa.
De certa forma, os mortais não podem notar os raptores. O que não falta na terra são seres humanos perversos, e todos eles são potenciais raptores. Não se engane quanto ao altruísmo da humanidade. Lúcifer recebe toneladas de almas corrompidas todos os dias.
Os raptores são soldados descartáveis, e justamente por isso são agentes perfeitos no mundo material. São espíritos novatos, ainda apegado a carne, portanto se sentem confortáveis entre os terrenos, copiando os vivos em todos os aspectos.
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