quarta-feira, 25 de maio de 2016

Enoque - A Capital do Mundo

A Gruta dos Afogados, nome dado pelos renegados, a caverna que se abria em forma de túnel e conduzia as fundações da terra. O grande salão natural, desenhado pela força da atividade vulcânica, era um lugar sufocante, apesar da amplitude. Um ruído constante inundava a galeria, sob a forma de um único lamento de desespero. Era o som ofegante dos condenados, o eco dos fantasmas de Enoque, que pereceram afogados durante a grande inundação e ainda tentavam, em vão, deixar as galerias submersas.
O túnel ao fim da caverna estreitava-se ao diâmetro de dois metros e descia em caracol por alguns quilômetros, penetrando fundo no coração da terra.
Após uma longa descida, o túnel abria-se no glorioso Caminho da Eternidade, um corredor muito largo, ladeado por altos muros e separando em duas pistas por uma extensa fileira de colunas, chamadas Pilares da História. Nelas, milhares de caracteres contavam a história da linhagem dos reis de Enoque, começando por Caim e terminando em Lemék (Lameque). A catástrofe arquitetara um teto cavernoso no corredor, irregular e oblíquo.
Além do Caminho da Eternidade estava a Porta do Sol, um portão de quinze metros, de umbral inclinado para dentro e recortado na estrutura do muro principal da cidade. Sobre ele ainda era visível o desenho de uma árvore de folhas fartas -- a Árvore do Conhecimento, uma referência simbólica ao antecessor de toda espécie humana, Adão.
O ruído ofegante dos fantasmas aumentava naquele trecho, porque era para lá que todos os espectros se dirigiam, para a saída da cidade.
Através da grande porta, uma avenida larga, contornada por prédios de pedra em ruínas, fora, quando Lemék ainda vivia, o acesso ao palácio real.

A Sala dos Heróis

A Sala dos Heróis era uma câmara vasta, circular, de teto ogival, fracamente iluminada por uma grande fogueira que ardia bem no meio do salão, ao centro de uma mesa redonda de pedra, trabalhada para abrigar vinte assentos -- um para cada Ancião das famílias antigas e mais dois para o rei e a rainha. As paredes, também de pedra, não estavam divididas em seções ou blocos, porque toda a sala fora esculpida a partir de um único e colossal fragmento de rocha. Suas paredes, por isso, eram indestrutíveis e conservaram o recinto intacto mesmo durante os horrores do dilúvio.
Encostadas nas paredes, havia dez grandes estátuas de vinte metros de altura, retratando os famosos heróis que pereceram durante as Guerras Mediterrâneas, uma série de conflitos entre Enoque e Atlântida, que culminou com a vitória dessa última.
A capital de Nod alcançara o esplendor entre 40.000 e 12.000 a.C., mais de dez mil anos antes dos Egípcios e dos Babilônicos, ambas civilizações que floresceram após o dilúvio.


Para alguns que procuram embasamento
Bíblico vejam  Gênesis 4.16 - 24.

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