O universo como nós conhecemos foi criado por Deus a partir de um estalo, uma chispa desencadeada pela fricção dos elementos primevos, batizada pelos alados de fulgiston, o supremo estouro de radiação e energia, desse ponto em diante, surgiram a matéria e o contínuo do tempo, com as partículas se dispersando a uma velocidade absurda, percorrendo a negritude em ondas concêntricas, alargando as bordas do infinito, aos poucos se condensando em manchas solares, corpos que mais tarde dariam origem aos planetas, as estrelas e as nebulosas.
Sob as cristas dessas vagas, nasceram enormes bolsões de antimatéria, esferas alheias ao resto do espaço, algumas pequenas, outras imensas, então chamadas de dimensões paralelas, muitas contendo sucessivas camadas de isolamento, como seções de uma colmeia, dotadas de regras únicas, contudo limitadas em sua extensão, restritas as fronteiras que lhes foram traçadas.
Deslizando sobre os desertos escuros, singrando os oceanos de plasma e carbono, os arcanjos adotaram o paraíso como morada, organizado em sete níveis, prontos a abrigar tanto os gigantes quanto as seis castas angélicas, a exceção dos elohins, que seriam alocados na terra.
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