O Líbano conta com um longo histórico de miscigenação cultural, que remonta a época dos fenícios, inigualáveis navegadores que se fixaram na costa do mediterrâneo por volta de 1.500 a.C.
Localizado na zona conhecida como Crescente Fértil, banhada pelos rios Tigre, Eufrates, Nilo e Jordão, o Líbano foi um dos berços d civilização, ponto de encontro de forasteiros de todas as partes do mundo.
Os níveis de prosperidade dispararam após a fundação de Cartago, antiga colônia marítima que se tornaria a maior potência da Antiguidade, por volta de 300 a.C., atraindo povos os mais diversos, que anos depois seriam os responsáveis por incutir a nação esse caráter heterogêneo, multifacetado.
O país esteve sob controle otomano até o fim da Primeira Guerra Mundial, depois caiu a tutela francesa, para enfim alcançar a independência em novembro de 1943. Com cristãos e muçulmanos trabalhando juntos, o Líbano alcançou níveis de desenvolvimento superiores a muitos de seus vizinhos, atraindo investimentos, abrindo bancos, cassinos e hotéis.
Por trinta anos as diferenças religiosas foram postas de lado, mas tensão cresceu com a chegada dos refugiados palestinos, expulsos de Israel a conclusão da Guerra dos Seis Dias. As disputas sectárias estouraram em 1975, arrastando cristãos e islâmicos a guerra civil, agravada pela intervenção das forças de segurança israelenses, que ocuparam a nação a caça dos capitães da OLP, a Organização para a Libertação da Palestina, um grupo contrário ao estado judeu.
Combates, massacres, atentados terroristas e bombardeios devastaram os principais centros urbanos e lavaram o país, antes rico, a bancarrota.
Como um das nascentes da raça humana, a Fenícia encantara os elohins desde o princípio, que enxergaram nela a chance de se mesclar a terrenos e lá se estabeleceram por séculos. Os reinos de Judá e Israel teriam sido a primeira opção, mas desde as Guerras Etéreas eles já se encontravam ocupados pelas legiões de Miguel, que até hoje guardam a Fortaleza de Sion, o grande bastião dos celestiais no plano etéreo, erguido sobre a cidade física de Jerusalém. Com a destruição da infra-estrutura libanesa, entre 1975 e 1977, a casta poderia ter se desestabilizado.
Em março de 1978, Israel invadiu o sul do Líbano na chamada Operação Litani, estendendo seus braços armados, tanques e tropas até as margens do rio de mesmo nome. O objetivo era acabar com os focos de guerrilha palestina que atacavam o norte do estado judeu, além de neutralizar os dirigentes da OLP.
A incursão obteve relativo sucesso, mas ao custo de três mil morto de ambos os lados e dúzias de casas, prédios e construções demolidas. A polícia apagada, autoridades dispersas, o próprio exército federal inteiramente confuso. Nas ruas, em vez de patrulheiros e guardas de trânsito, o que se encontrava eram combatentes civis, atirando uns contra os outros, disparando obuses, granadas, morteiros, canhões e balas traçantes.
Essa era, portanto, a situação do país na primavera de 1978, com a capital arruinada, as praças entupidas de cadáveres, as avenidas retorcidas em montanhas de concreto, picotadas por estilhaços de bombas, pedaços de foguetes e sucatas de automóveis.
Diante da prefeitura, o asfalto se esfarelara. os edifícios eram esqueletos de aço prestes a desabar, com as paredes perfuradas.
Beirute, afogada em massacres, uma zona de guerra das mais perigosas.
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