Quando Deus criou os anjos, no princípio do segundo dia, ele os organizou em sete castas, cada qual com sua função no universo. Dentro das ordens, porém, há categorias, ou grupos, ainda mais específicos, os quais os celestes chamam de estirpes.
Os shedus, por exemplo, são também querubins, contudo possuem temperamento mais agressivo e são menos racionais que os legionários comuns, o que faz deles “cães de caça” perfeitos.
Da mesma forma, a casta dos serafins, supostamente a mais nobre, possui suas próprias estirpes. Os serafins são estadistas por natureza, obcecados pelo controle e pela perfeição. Alguns são burocratas, emprestando seus dons a política, outros, os comodoros, rivalizam com os generais querubins, elaborando minuciosos planos de guerra, e há aqueles que s dedicam a preservar a integridade do cosmo, percorrendo as galáxias e trabalhando para mantê-las coesas, evitando assim que o espaço se desfaça e seja engolido pela entropia.
No passado, essa linhagem de serafins, que se autodenominam suryas, trabalhou com os ishins na construção dos planetas e dos corpos celestes. Os ishins fabricavam os sistemas solares, e os suryas eram e ainda são responsáveis por monitorar suas órbitas, por garantir que as constelações continuem a girar em perfeita harmonia.
Enquanto os shedus se diferenciam dos outros querubins pelo aspecto animalesco, os suryas se destacam dos demais serafins por possuir dois pares de braços e três pares de asas. Sua pele é normalmente, porém não sempre, preta como carvão, negra como o espaço que os cerca. Tão formidáveis, tão belos eram esses seres que causaria espanto a qualquer um vê-los em situação humilhante.
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