Neste artigo falarei mais um pouco sobre a Cidade Santa (Jerusalém), conforme os relatos de Ablon (O Anjo Renegado).
Ablon relata que ele estava em um ônibus com dois celestes, Aziel e Sieme, o ônibus deu a volta na Cidade Nova, passando pelos bairros principais da Jerusalém moderna, cruzou o monte Sion, atravessou o vale do Cédron, contornou o centros histórico pelo sul e subiu o Monte das Oliveiras, parando finalmente na Rua Jericó. Atrás deles, morro acima, estava o cemitério judeu, com seus túmulos centenários, incluindo as sepulturas dos profetas Zacarias e Malaquias e o jazigo de Absalão, o rebelde filho do rei Davi. À frente, o vale de Josafá, uma depressão hoje pouco usada por ser escarpada, separava-nos dos muros da Cidade Velha.
Depois de milênios, eu (Ablon) regressava ao meu ponto de duelo, o lugar onde travara o épico combate com o Arcanjo Gabriel (o qual não relatarei). Dali, de cima do morro, os três anjos contemplaram a Cidade Velha, com suas casas antigas e ruas estreitas, dando cor a uma paisagem de tonalidade uniforme, meio marrom, meio cinzenta. A área colada ao monte das Oliveiras, delimitada pelo muro ancestral, abrigara, havia anos, o Templo de Salomão e depois o Templo de Herodes.
Por mais de meio século, a esplanada descansou em ruínas, até que os muçulmanos recuperaram o local em 691, construindo o Domo da Rocha, uma magnífica mesquita de cúpula dourada, que até hoje é o principal cartão-postal de Jerusalém. A área toda é considerada sagrada e conta com outras edificações célebres, como a Mesquita de El-Aqsa e o Museu de Arte Islâmica. A oeste, uma seção do muro separa a esplanada do Templo do bairro judeu. Essa muralha, conhecida como Muro das Lamentações, é atualmente a referência mais adorada do judaísmo, porque é a única parte que resistiu ao incêndio que devastou o Segundo Templo.
Adiante, o general avistou o bairro muçulmano e, além dele, o bairro cristão e o armênio, repletos de igrejas e patriarcados.
Já eram quase oito horas da manhã quando os três chegaram ao portão, construído pelo sultão Suleiman, o Magnífico, em 1538. Ao transpor o arco de pedra, o aroma mudou para de uma nova cidade. O chão, os muros, as casas e vielas e o povo das ruas. Em Jerusalém, as marcas das história estão em todo lugar, em cada canto, em cada esquina. São as impressões de uma cidade milenar.
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