quinta-feira, 30 de junho de 2016

Os Hashmalins

Apesar de muitas vezes terem a aparência infernal, não são demônios, mas um anjo, um celestial da casta dos hashmalins, os juízes e executores do céu. Os Hashmalins são os senhores da Gehenna, controlam o purgatório e as prisões angelicais, localizada na segunda camada do paraíso. Oposta aos ofanins, a ordem é capaz de infligir dor, dominar as escuridão e manipular tanto os espíritos quanto o tecido da realidade. São sem dúvida criaturas de grande poder e de igual perversidade, alguns dizem que essa natureza é o que lhes permite sobreviver e atuar em uma dimensão tão sombria.



Anjos e Homens

Anjos e homens são iguais em muitos aspectos e completamente diferentes em outros. Todos os seres vivos e até alguns objetos tem seu reflexo no mundo espiritual. A esse reflexo chamamos de espírito. A fonte vital que alimenta o espírito, no entanto, difere de caso para caso. Os mortais são movidos  pela força da alma, o Sopro de Deus, um presente divino que encerra a maior dádiva terrestre: o livre-arbítrio. Já os celestes são regidos pelos instintos da casta, cada qual com sua função, como insetos em uma colônia. Qualquer entidade sensível às vibrações espirituais não vê dificuldade em identificar essas emanações de energia, percebendo sua natureza e origem. Muitos humanos dotados de habilidades psíquicas também conseguem perceber as flutuações invisíveis, bem como anjos e demônios materializados no plano físico.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Anjos em Forma Física

Em sua forma física, os anjos podem regenerar ferimentos comuns, contanto que não tenham o coração atingido, essa é a parte mais sensível da anatomia angélica, o órgão que concentra toda essência celeste. Para se recuperar totalmente, os avatares precisam dormir e comer. "Os anjos mesmo na sua forma física não precisa comer, dormir ou descansar, igual aos mortais". O alimento é transformado em matéria, reconstituindo carne, ossos, sangue e tecidos. Como guerreiros, os querubins são dotados de regeneração acelerada, e alguns, mais poderosos, chegam a ser imunes as armas mundanas.

Manuscrito Sagrado dos Malakins (parte 01)

Poucos sabem como começou. Ou o que havia antes. Não que isso importe, realmente. Porque não houve um antes. Aconteceu em um tempo em que o próprio tempo não existia, e a matéria não passava de um grão de energia, flutuando na sombra do espaço.
Guerra, Luz e Trevas, Lei e Ordem. Claro e Escuro. Bem e Mal.
Sobreveio a explosão. Indescritível. Inimaginável. Ensurdecedora. O universo se expandiu, lançando fragmentos na negritude, formando ondas de poeira cósmica, dando origens as dimensões paralelas. Mundos inteiros foram criados. Estrelas nasceram e morreram, nebulosas surgiram nos oceanos de plasma. Galáxias se condensaram.
Por bilhões de anos, os alados vagaram sozinhos, intocáveis no santuário infinito. E, quando o sexto dia terminou, Deus estava orgulhoso de seu trabalho. De todas as maravilhas, a espécie humana foi a que ele mais adorou: sua criação podia aprender, evoluir e amar.
Yahweh partiu para o descanso do sétimo dia e deixou aos cinco arcanjos a tarefa de comandar os celestes, reger o paraíso e servir a humanidade, sem interferir em seu curso. Mas, inflados de ciúmes e luxúria, os primogênitos invejaram a raça mortal. Miguel, o Príncipe dos Anjos, decidiu que os homens não eram herdeiros dignos de Deus e resolveu tomar a terra de assalto. Enviou assassinos, fomentou cataclismos, explodiu vulcões, provocou terremotos e congelou o planeta.
O paraíso se dividiu. A primeira revolta foi esmagada, e os conspiradores, expulsos. A tensão entre os gigantes (arcanjos) cresceu, culminando numa batalha devastadora, que secionou para sempre as hostes divinas. Lúcifer, o Arcanjo Sombrio, desafiou a autoridade do onipotente Miguel, atraindo um terço das legiões para sua causa. Mas suas ambições eram igualmente malignas e, vencidos, os anjos caídos foram atirados ao inferno, onde aguardam o momento oportuno para completar sua vingança.
Milênios mais tarde, os focos da rebelião, sufocados no princípio, se reacenderiam numa nova chama. O arcanjo Gabriel, servo mais leal do Príncipe Celeste, recebeu a missão de descer a Haled para planejar uma nova catástrofe. Mas, em seus corpos terrenos, os anjos são vulneráveis aos sentimentos carnais. Pela primeira vez, ele provou o calor da alma humana e entendeu o amor que sentia por Deus. Repudiou as ordens do irmão e assim começou uma nova guerra, a guerra civil, a eterna disputa pelo paraíso, que persiste até hoje.
Reunidos no Primeiro Céu, Gabriel e os exércitos rebeldes iniciaram uma gigantesca campanha contra as forças legalistas, estacionadas na quinta camada. O Quarto Céu, Acheron, transformou-se numa violenta zona de combate, onde os querubins lutam dia e noite há mais de dois mil anos.
Quando os revoltosos avançaram, derrubando fortalezas e ganhando posição, Miguel, temeroso de perder o trono, ordenou o Haniah, o Retorno, determinando que todos os seus aliados que atuavam ou que estavam no plano material regressassem imediatamente. Com o contingente inimigo aumentando, Gabriel fez o mesmo, e a Haled foi abandonada. Os vórtices de acesso as dimensões superiores foram fechados, restando alguns poucos, guardados por poderosos vigias.
A casta dos Elohins, cuja natureza é viver entre os homens, obteve permissão espcial para continuar no mundo físico, assim como outros desgarrados, que se recusaram a voltar. A única condição era que não interviessem no rumo da guerra e estivessem prontos para servir seus arcanjos quando o dever os chamasse.
Enquanto o paraíso queimava num embate de sangue e espadas, os dois lados estabeleceram um armísticio na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante.
Isolada no Sexto Céu, a ordem dos Malakins traçou suas previsões. Aquela não seria  mais uma guerra. Havia começado. Era o princípio do fim.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Ventos, Portões, Montanhas, Rios, Sol e Lua

O primeiro vento é chamado oriental, porque é o primeiro.
O segundo é chamado do sul, porque o Altíssimo desce, e frequentemente ali desce aquele que é abençoado para sempre.
O vento ocidental tem o nome de diminuição, porque ali todas as luminárias do céu estão diminuídas e descem.
O quarto portão, cujo nome é do norte, é dividido em três partes: uma das quais é para a habitação do homem; outra parte para mares de água, com vales, bosques, rios, lugares sombrios, e neve, e a terceira parte contém o paradise.
Sete altas montanhas, mais altas do que todas as montanhas da terra, de onde o congelamento procede, enquanto os dias, estações e anos se apartam-se e passam.
Sete rios sobre a terra, maiores que todos os rios, um dos quais toma o curso do oeste, para um grande mar suas águas fluem. Dois vem do norte para o mar, suas águas fluem para o Mar da Eritréia (Mar Vermelho), no leste. E com respeito aos outros quatro, eles tomam seu curso na cavidade do norte, dois para o seu mar, o mar da Eritréia, e dois são derramados num grande mar, onde também é dito que é um deserto.
Sete grandes ilhas no mar da terra. Sete no grande mar.
Os nome do sol são estes: um é Aryares, o outro Tomas.
A lua tem quatro nomes. O primeiro é Asonya, o segundo  é Ebla, o terceiro é Benase e o quarto é Erae.
Estes são as duas grandes luminárias, cujas órbitas são como as órbitas do céu, e as dimensões de ambos são iguais.

O Poder do Juramento

Este é o poder do juramento, pois poderoso ele é, e forte.
E estabelecido este juramento de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel.
Estes são os segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
Os céus estiveram em suspenso por ele (juramento) antes que o mundo fosse feito, para sempre.
Por ele (juramento) a terra foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as águas agitadas as águas saíram desde a criação até o fim do mundo.
Por este juramento o mar foi formado e a sua fundação.
Durante o período desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua imutável para sempre, e por este juramento o abismo foi feito forte, e não é removível de sua estação para sempre e sempre.
Por este juramento o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando que lhes foi dado para sempre e sempre.
Por este juramento as estrelas completam seu progresso. E quando seus nomes forem chamados eles retornarão em respostas, para sempre e sempre.
Então nos céus tornam lugar os sopros dos ventos, todos eles tem respiração e efetuam uma completa combinação de respirações. Ali os tesouros do trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago. Ali são guardados os tesouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros da chuva e do orvalho. Todos estes confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
Eles glorificam com todo seu poder de súplica, e Ele os sustém em todo aquele ato de agradecimento enquanto eles louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre. E com eles Ele estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados e seus progressos não perecem. Grande foi sua alegria. Eles abençoaram, glorificaram e exaltaram porque o nome do Filho do Homem lhes foi revelado.
Ele assentou-se sobre o trono de Sua Glória, e a parte principal do julgamento foi designada a Ele, o Filho do Homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra, enquanto aqueles que os seduziram serão amarrados com correntes para sempre.
De acordo com seus graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras desaparecerão da face da terra, desde então ali não haverá ninguém para corromper, pois o Filho do Homem foi visto assentado sobre Seu trono de glória.
Toda iniquidade desaparecerá e se apartará de diante de Sua face, a palavra do Filho do Homem se tornará poderosa na presença do Senhor dos espíritos.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Anjos Confinados

Os anjos que descobriram a impiedade é que serão confinados no vale ardente.
Eis os nomes destes anjos. Estes são os seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é Arstikapha; o terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto, Rumyel; o sétimo, Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o décimo primeiro, Armers; o décimo segundo, Bataryal; o décimo terceiro, Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo quinto, Turyal; o décimo sexto, Simapiseel; o décimo sétimo, Ytarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo nono, Tarel; o vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
Estes são os principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus líderes de cinquenta, e os líderes de suas dezenas.
O nome do primeiro é Yekun*: ele foi quem seduziu todos os filhos dos santos anjos e fez com que descessem a terra, conduzindo descaminhadamente a descendência dos homens.
O nome do segundo é Kesabel: o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e conduziu-os a corromperem seus corpos gerando humanos.
O nome do terceiro é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens. Ele seduziu Eva e descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de malha, o escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens. Estas coisas derivam de suas mãos para os que habitam sobre a terra daquele período para sempre.
O nome do quarto é Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura, e mostrou a eles todo segredo de sua sabedoria. Ele ensinou os homens a entenderem o escrito e o uso da tinta e papel. Portanto, numerosos tem sido aqueles que tem se extraviado em todo período do mundo, mesmo até este dia. Os homens não nasceram para isto, assim como pena e tinta, para confirmar sua fé. Desde então, eles não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e puros. Nem poderiam morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os, mas por este conhecimento eles perecem, e também por isso o seu poder os consome.
O nome do quinto é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens to iníquo golpe de espíritos e de demônios. O golpe do embrião no ventre, para diminuí-lo**, o golpe do espírito pela mordida da serpente, e o golpe que é dado ao meio dia pelo filho da serpente, cujo nome é Tabaet***.
Este é o número de Kasbel, a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitando em glória, revelou aos santos. Seu nome é Beka. Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para que eles pudessem entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento, e para que aqueles que apontaram toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer sob aquele nome e juramento.

Seguirá como a parte dois outro artigo com o título O Poder do Juramento, para vocês entenderem que juramento foi falado no último parágrafo deste artigo.
Seguem os asteriscos, ou glossário:

* Yekun: pode simplesmente significar "o rebelde".
** O soco ao embrião no ventre para que seja abortado.
*** Literalmente, "macho" ou "forte". 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Enoque - Palavra de Sabedoria

Enoque, o filho de Jared, filho de Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da palavra de sabedoria, a qual eu (Enoque) recebi para declarar e dizer aqueles que habitam sobre a Terra. Ouvi desde o princípio, e entendei até o fim, as santas coisas que pronuncio na presença do Senhor.
"Quem são os quatro sentinelas que vi no quatro lados"? -- Disse Enoque.
O primeiro é o misericordioso, o paciente, o santo Miguel.
O segundo é aquele que preside sobre todo sofrimento e aflição dos filhos dos homens, o santo Rafael.
O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel.
E o quarto, o qual preside sobre o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel.
Estes são os quatro anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes.

Anjos Sentinelas

URIEL, um dos santos anjos, o qual preside sobre o clamor e o terror.
RAFAEL, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos homens.
RAGUEL, um dos santos anjos, o qual inflige punição ao mundo e as luminárias.
MIGUEL, um dos santos anjos, o qual, preside sobre a virtude.
SARAKIEL, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos filhos dos homens que transgridem.
GABRIEL, um dos santos anjos, o qual preside sobre Ikisat (as serpentes), sobre o paraíso e sobre o querubim.

domingo, 19 de junho de 2016

Linha do Tempo

Esse é um artigo especial, é uma cronologia, descrita por Ablon, transcrevi aqui o mais próximo do que foi falado por ele.

# Protouniverso. Inexistência do tempo ou matéria. Yahweh, a Lei, e Tehom, o Caos, vagam pela sombra do espaço.
# Yahweh dá vida aos cinco arcanjos: Miguel, Lúcifer, Gabriel, Rafael e Uziel. Tehom cria seus deuses-monstros: Behemot, Leviatã, Tanin, Enuma, Taurt.
# Batalhas Primevas. Yahweh e seus generais angélicos derrotam Tehom, assumindo controle sobre as duas províncias.

PRIMEIRO DIA

Aproximadamente, 15 bilhões de anos atrás. Início da criação. Surgem o tempo e a matéria.

SEGUNDO DIA

Aproximadamente, 14 bilhões de anos atrás. Nascimento dos anjos. Big Bang. Criação da luz.
Aproximadamente, 12 bilhões de anos atrás. A expansão da matéria cria "vincos cósmicos" no universo, dando origem às dimensões paralelas

TERCEIRO DIA

Aproximadamente, 7 bilhões de anos atrás. Formação das estrelas e galáxias. A luz é separada da escuridão. Anjos e arcanjos estabelecem os Sete Céus como sua dimensão principal. Yahweh cria a Roda do Tempo e o Livro da Vida.

QUARTO DIA

Aproximadamente, 6 bilhões de anos atrás. Sol, sistema solar e a terra.

QUINTO DIA

Aproximadamente, 4 bilhões de anos. Na terraj surgem as primeiras formas de vida materiais.

SEXTO DIA

Aproximadamente, 400 milhões de anos atrás. Primeiros hominídeos.
# 400000 a.C. Surgimento do homem primitivo, os eridais, também chamados de primeira raça.
# 320000 a.C. Grande migração. Os eridais se dividem em dois grupos. Um permanece no Oriente Médio, o outro se desloca através do Mediterrâneo rumo à Europa Ocidental.

SÉTIMO DIA

Aproximadamente, 200000 a.C. Os eridais evoluem em dois ramos: os homens (segunda raça) e os atlantes (terceira raça). Ambos pertencem à espécie Homo sapiens, dotados de alma. Yahweh parte para o descanso. Despertar da consciência. Confecção do tecido da realidade.
# 180000 a.C. Primeira era glacial.
#150000 a.C. Fundação da cidade de Atlântida. Ascensão dos atlantes e supremacia do Mediterrâneo. Na Europa, Ásia e Oriente Médio, os homens migram das cavernas para palafitas e constroem pequenas aldeias.
# 100000 a.C. Primeiro cataclismo. Terremotos dividem a terra. Atlântida se enfraquece.
# 50000 a.C. Adão unifica as tribos do Oriente Próximo. Caim, seu filho, funda a cidade de Enoque. Segundo despertar — tecido da realidade engrossa.
# 40000 a.C. Ascensão de Enoque. Extinção do homem de Neandertal e dos tigres-dentes-desabre.
# 38000 a.C. Atlântida c Enoque entram em choque. Guerras Mediterrâneas.
# 35000 a.C. a +- 25000 a.C. Período das grandes catástrofes. Segundo cataclismo. Terra sofre com chuvas de meteoros, terremotos e vulcões. Arcanjos decidem enviar suas legiões para exterminar a raça humana. Reis de Enoque, com aço e magia, rechaçam ataque de anjos à cidade.
# 23000 a.C. Início das Guerras Etéreas.
# 22000 a.C. Apollyon, o Anjo Destruidor, e sua legião vencem e eliminam as serpentes de Kur.
# 18000 a.C. Batalha de Shin-Tain. Celestiais são derrotados no Extremo Oriente.
# 12000 a.C. Ablon, o Primeiro General, vence o deus Rahab, o Príncipe dos Mares, pondo fim às Guerras Etéreas. Construção da Fortaleza de Sion.
# 11500 a.C. Dilúvio. Terceiro cataclismo. Destruição de Enoque e Atlântida. Orion retorna aos Sete Céus.
# 10000 a.C. Civilização regressa à barbárie. Atlântida não deixa sobreviventes. Remanescentes dos homens de Enoque evoluem no chamado "homem moderno", o Homo sapiens sapiens, também conhecido como quarta raça. O ser humano se espalha pelo globo terrestre.
# 4000 a.C. Renascimento da civilização humana. Invenção da escrita. Fundação da Babel legendária. Gilgamesh na Suméria. Extinção dos mamutes.
# 3800 a.C. Revolta de Sodoma. Expurgo de Ablon e da Irmandade dos Renegados dos Sete Céus. Sodoma e Gomorra são destruídas. Zohar é devastada.
# 3500 a.C. Rebelião de Lúcifer. O Arcanjo Sombrio e suas hordas são expulsos do céu e condenados ao Sheol.
# 3000 a.C. A Irmandade dos Renegados deixa Enoque e se divide. Construção das grandes pirâmides do Egito. Terceiro despertar — alargamento do tecido da realidade.
# 2800 a.C. Anjo Negro encontra Ishtar. Os dois lutam sobre a montanha. Ablon destrói o morro e impede o assassinato de Ishtar, mas é soterrado.
2414 a.C. Cush assume o trono da Babilônia legendária. Construção do zigurate de prata. Ablon desperta e escapa do soterramento. Nasce Zamir, o Feiticeiro.
2354 a.C. Akto e Maya, pais de Shamira, fogem de Knossos, na Grécia, e se estabelecem na aldeia de En-Dor, em Canaá.
2335 a.C. O rei Cush é capturado e morto. Nimrod assume o trono da Babilônia. Zamir encontra o avatar desacordado de Ishtar e o leva à cidade. Início da construção da Torre de Babel.
2334-2333 a.C. Shamira é levada à Babilônia. Queda de Babel. Destruição da torre. Ishtar morre.
2332 a.C. Shamira começa seu treinamento com o mestre necromante Drakali-Toth, na cidade de Mênfis.
# 1800 a.C. Ascensão da Babilônia histórica. Hamurabi.
315 a.C. Zamir inicia sua campanha para restaurar o sonho da Babilônia, perseguindo, assassinando e roubando o conhecimento dos grandes feiticeiros que ainda caminhavam pelo mundo.
209 a.C. Zamir derrota Drakali-Toth e incorpora suas habilidades necromânticas.
3 a.C. Hazai enfrenta as rapinas; sobrevive, gravemente ferido. Ruma para Enoque.
Ano O da era cristã. Nasce a Criança Sagrada. Início da guerra civil entre Miguel e Gabriel. Isolamento do arcanjo Rafael. Ablon enfrenta os espíritos antigos do bosque Tin-Sen. Quarto despertar — o tecido se adensa.
l d.C. Caravana na via secreta. Ablon derrota as rapinas. Shamira vence Zamir. Ablon entra em torpor.
#30 d.C. O Salvador é crucificado e ascende. Ablon desperta do torpor e alcança Jerusalém. A guerra civil entre Miguel e Gabriel, que até então se passava no plano astral, é transferida para os Sete Céus. Gabriel assume seu quartel-general na Cidadela do Fogo.
112 d.C. Flor do Leste morre na China. Shamira descobre o segredo dos ossos-oráculos e estuda a feitiçaria chinesa.
# 500 d.C. Supressão cósmica. A queda de Roma e a expansão do cristianismo resultam na supressão de diversos vértices, especialmente no mundo ocidental. Fadas se recolhem ao plano etéreo.
# 700 d.C. A ilha de Avalon regride ao plano etéreo.
1097 d.C. Shamira assume o posto de arauto entre as fadas, para registrar a partida dos elfos e gravar seus rituais e conhecimentos. Ela se estabelece no vértice da floresta Vermelha, na Inglaterra.
1119 d.C. O poderoso Azazel, um anjo caído e duque do inferno, desafia Lúcifer, dando início, no Sheol, à chamada Guerra de Libertação. Azazel é derrotado e morto em 1203.
1231 d.C. Apollyon, o Exterminador, captura o anjo renegado Yarion, Asa de Vento, e o arrasta para o Sheol. Ablon parte em seu encalço, é capturado e preso.
1318 d.C. As fadas do oeste da Europa retornam à Arcádia. Todos os seus santuários são suprimidos.
1453 d.C. Ablon escapa dos calabouços de Zandrak. Yarion é morto. Constantinopla é invadida.
1614 d.C. Nos Sete Céus, as forças rebeldes de Gabriel tomam o Castelo da Luz, fortaleza dos querubins.
1650 d.C. Inicia-se o chamado Haniah, ou Retorno. Miguel ordena que todos os anjos que vivam, atuem ou estejam em missão na Haled voltem imediatamente para o céu. A guerra civil torna-se ainda mais sangrenta. Gabriel é obrigado a fazer o mesmo: convocar todos os seus partidários à batalha.
1772 d.C. Para impedir que seus soldados desertem e fujam para a Haled, onde poderiam se esconder, Miguel ordena a destruição da maioria dos portais conhecidos de acesso à terra. Os poucos que sobram passam a ser guardados por sentinelas poderosas.
# 1880 d.C. Quinto despertar. O último grande adensamento do tecido da realidade torna a manifestação de magias e divindades, na terra, praticamente impossível fora de santuários.
2007 d.C. Uziel é morto pelo arcanjo Miguel, em Tsafon, o Monte da Congregação, no Sétimo Céu.
2012 d.C. Muito concentrado e denso, o tecido da realidade começa seu lento processo de desintegração.
Século XXI. Apocalipse.

Apollyon, O Anjo Destruidor

Appllyon tinha a Fogo Negro, sua espada de chamas negras. "Esta arma me foi dada por Lúcifer, como um presente por meu ingresso na conspiração. Esta relíquia pertenceu a Bahemot, servo de Tehom, um dos deuses antigos, aniquilados por Yahweh antes da feitura da luz. Ele é anterior a criação do universo e precedeu o nascimento dos anjos. Sua lâmina é indestrutível. Nada nem ninguém poderá me vencer enquanto eu a brandir".
Os arcanjos tinham por meta liquidar a humanidade após a desintegração do tecido, e quem melhor para ajudá-los do que o Anjo Destruidor, um agente da morte, criado para a carnificina e atraído pelos mais violentos massacres?
Apollyon era fascinado pela dor e pela matança. Por toda a história, ele lá estava, onde quer que houvesse agonia e morticínio. Não interferia, mas acompanhava do plano astral as chacinas, as guerras, as hecatombes, as catástrofes. Assistira ao primeiro homicídio, quando Caim matou o irmão; espiara as guerras da Grécia, o avanço do Império Romano, o horror das Cruzadas; espreitara as campanhas de Napoleão e os conflitos do século XX. Um dia na primavera de 1916, caminhara sobre os campos entrincheirados de Verdun, na França, ao término da maior batalha humana da Europa, em que 800.000 (oitocentos mil) soldados morreram. Anos depois, vira a bomba atômica sobre o Japão e se admirara ao entender que seu poder havia sido roubado pelos homens. Soube, então, que cedo ou tarde a civilização se extinguiria, ela própria, mas caberia a ele caçar os sobreviventes. Era para isso que a Estrela da Manhã o tinha chamado.

A Montanha no Extremo do Mundo

O Monte Megido, também conhecido como A Montanha no Extremo do Mundo é o ponto profético para a conclusão do Apocalipse.
Megido, é uma montanha larga, de cume bem amplo, solitária na esplanada, única na vastidão do deserto. Fazia lembrar um calombo, um caroço nefasto na pele do mundo, distante uns cem quilômetros das cordilheiras que cercavam Sion. No plano físico, essa magnífica elevação fora cenário de muitas batalhas e abrigra dezenas e fortificações antigas, hoje em ruínas. Mas no plano etéreo Megido era só um morro de arenito, titânico em dimensão, cujo topo se aplainava em forma de arena, um círculo aberto para o derradeiro combate.

O Terceiro Céu

O Terceiro Céu, chamado de Shehaquim, é o Éden celestial, uma terra de maravilhas, reservadas aos justos. Nessa camada estão as colônias espirituais, que recebem as almas dos virtuosos para o eterno descanso. As comunidades superiores são guiadas pelos santos, pelos profetas antigos e pelos mestres desencarnados. O maior desses sábios é o próprio Salvador, nascido como homem em Nazaré e morto no calvário romano. Tão enorme é a força dos mestres que, em suas colônias, nem os arcanjos penetram sem permissão. Alguns dizem que o arcanjo Rafael, cansado da perversidade de seus irmãos, exilou-se em Shehaquim, ensinando aos íntegros muitos mistérios remotos, anteriores a Criação.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

De Quem Jesus é Filho?

A seguir teremos uma história que a Bíblia não conta, envolvendo alguns personagens como Ablon e o Arcanjo Gabriel, o Mestre do Fogo. Essa é uma história que a Bíblia não conta.
A passagem que conduzia a caverna era baixa e escura. Mas quando passaram a caverna ampliou-se em uma galeria comum, não muito grande, com um salão rochoso que terminava em uma passagem no lado posterior a entrada. Era quente e escura, e Ablon se deslumbrou ao ver que, em suas paredes, continuavam marcadas inscrições ancestrais, mundanas, gravadas pelos profetas de outrora.
Varna (anjo arqueira) cruzou o umbral, e os dois anjos (Ablon e Aziel) acompanharam seus passos. Uma emanação mística de indescritível potência surgiu adiante, ao centro da caverna que se alargava com o fim da passagem. Do lado de lá, através do portal, a gruta se expandiu em um amplo salão natural, tão escuro que seus nichos  mais negros escapavam a percepção aguçada do general. Um ponto de luz, ao norte, indicava a saída. Os três anjos já não estavam na Haled. Acabavam de ingressar no etéreo, a camada espiritual mais profunda além do tecido.
Os celestiais se votaram ao foco da vibração, a mesma energia suprema que dominava toda a galeria. Sentada, uma figura de impenetrável tranquilidade meditava, e no peito residia o núcleo de sua força. Trajava uma armadura completa, de um dourado brilhoso, e carregava uma espada embainhada no colo. Os olhos fechados era uma imagem da perfeita harmonia, reunindo em si o cheio e o vazio, a lei e o caos, a luz e as trevas eternas. O Anjo Renegado reconheceu a austeridade daquele magnífico semblante e logo identificou sua essência.
Ali, à distância de um toque, descansava aquele que fora, antigamente, um de seus mais célebres adversários: Gabriel, o Mestre do Fogo. Teria transmutado sua índole e passado de frio assassino a fiel defensor das causas humanas? O que estimulara tão repentina transformação? O nascimento da Criança Sagrada iluminara-o de fato, ou o arcanjo, a exemplo de Lúcifer, usava o ideal da liberdade para incitar uma rebelião egoísta?
Um fragor mudo no espaço, que ecoava e sacudia o espírito, imitou a explosão de um milhar de vulcões, Gabriel abria os olhos. De repente o universo parece ter ficado menor, tamanhas eram a presença e a sabedoria.
O Salvador -- Miguel estava determinado a matar a Criança Sagrada, e você não aprovou o assassinato. Mas porquê Gabriel? Depois de todo sangue que derramou, depois de tantos massacres que promoveu. Como um menino mortal pôde convertê-lo ao ideal de justiça?
O arcanjo caminhou para um canto escuro e esquivou o olhar do ponto de luz, mas Ablon reparou em sua tristeza. Entendeu, finalmente, que alguma dor perpétua o feria, uma cicatriz que não se fecharia jamais.
Você concebeu o Iluminado, é o verdadeiro pai da Criança Sagrada. Imagine a distinção desse ser, agraciado com o brio celestial e dotado do arbítrio dos homens. Gabriel prosseguiu: Não podia deixar que Miguel o matasse. Por meio da mulher e do Menino, conheci o amor. Compreendi, finalmente, o que meu Pai sentia por mim, e toda obscuridade dissipou. Foi esse amor que me afastou da maldade e me fez reconhecer a humanidade como legado do Criador.
Após essa conversa e confissão que o Arcanjo Miguel fez a Ablon, ele dissipou-se e sua aura no cosmos, deixou de existir assim como Yahweh.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Mosteiro de Santa Catarina

Após cruzar o Negev chega ao portal de Acaba, perto de Eliat, e de lá ingressa finalmente no Egito, então seguindo pela Rodovia 66 chega ao Mosteiro de Santa Catarina, no sopé do Monte Sinai. Mais ao norte fica a Montanha de Horeb, e em seu topo a caverna para o etéreo.
Adiante ingressamos num mundo exótico, de estonteante beleza e macabras surpresas. À frente nascia uma colossal cordilheira de granito vermelho, com um amplo vale cortando seu ventre. No meio, erguia-se o mosteiro, um gigantesco complexo de capelas, basílicas e torres, cercados por altos muros de pedra, que, no entanto, parecia uma construção de brinquedo, uma peça menor perante a imensidão das montanhas.
A membrana ("cortina invisível" que separa o mundo físico do espiritual), naquele rincão isolado, quase não existia, o que fazia do sítio um santuário natural, preservado e mantido desde a criação do planeta.
O Mosteiro de Santa Catarina, encravado como uma joia no imo da península do Sinai, é um dos primeiros monastérios do mundo, fundado em 527 pelo imperador Justiniano. Desde então, tornou-se um remoto posto avançado da ortodoxia bizantina, e continua até hoje a receber milhares de peregrinos por ano, curiosos por conhecer o local onde Moisés teria recebido os Mandamentos de Deus. Em seu prédios, monges e eruditos trabalham para conservar o lugar e estudam centenas de manuscritos sagrados, guardados em seus preciosos acervos, só comparáveis a Biblioteca do Vaticano.
Cercado por imponentes muralhas, o mosteiro recebeu posteriormente o nome da Santa Catarina, por seu corpo ter sido encontrado ali, no século IX, por sacerdotes gregos.
Algumas partes do complexo são originais, mas outras foram destruídas por um terremoto na Idade Média, e refeitas depois. O portão de acesso é pequeno, e figura quase escondido através dos jardins e pomares que antecedem os muros, onde se situa também o cemitério monástico. Dentro da cidadela há muitos edifícios célebres por sua história e beleza.
A basílica central data da época da construção (527) e conta com três naves laterais em típico estilo bizantino. Uma porta de madeira entalhada leva ao acervo dos ícones, únicos exemplares das pinturas orientais romanas que sobreviveram  ao período iconoclasta, quando milhares de imagens foram quebradas. Há também a capela da Sarça Ardente, a biblioteca, uma hospedaria, o campanário com nove sinos, doados em 1871 pelo czar Alexandre II da Rússia, e o sagrado poço de Moisés, principal fonte de água do mosteiro, que marca o ponto onde o profeta teria encontrado sua futura esposa. Existe, ainda, uma mesquita ao lado do solar do depósito, levantada pelos beduínos que ali trabalhavam no século XII.
A montanha de Horeb, é um dos pontos extremos do Egito, fica ao sul do monte Sinai, e talvez por isso os dois picos tenham sido relacionados nas lendas como um mesmo lugar, e tornado como unos pelos estudiosos hebreus. O terreno, nessa parte do deserto, é árido, pedregoso e irregular, com incríveis morros de granito, completando assim uma longa cordilheira de rocha vermelha, cujo cume mais elevado é o monte Katharina, com 2.637 metros de altura.

terça-feira, 14 de junho de 2016

As Batalhas Primevas

O Arcanjo Miguel tinha um rosto castigado, picotado por cicatrizes. Aqueles estigmas, gravados na face e no corpo, eram as marcas das Batalhas Primevas, uma campanha fantástica, travada antes mesmo da aurora do mundo.
Poucos celestiais conhecem os relatos das Batalhas Primevas, e só os Arcanjos, como todos sabem, são anteriores a luz, mas os anjos foram criados depois, no segundo dia, juntamente como alvorecer do universo. Para que o fulgor cósmico tivesse início, Yahweh teve, antes, que vencer um séquito de poderosíssimas entidades, os chamados deuses das trevas, figuras tão fortes e antigas quanto ele, que dominavam o lado escuro do espaço. Esses deuses nada tem a ver com os deuses pagãos ou com entidades etéreas, deificadas  pela adoração dos fiéis em seus templos humanos. Os deuses das trevas, liderados pela sinistra Tehom, eram ferozes inimigos do bem, e por isso Yahweh teve de subjugá-los a sua vontade e aprisioná-los em alguma dimensão paralela, para só então criar o universo.
Assim como Tehom tinha seu cortejo de entidades menores, Yahweh contava com os cinco arcanjos, dentre os quais Miguel era o mais valoroso. Os arcanjos batalharam ao lado do Altíssimo pela aniquilação dessas terríveis forças ancestrais, e, quando o mal foi derrotado, Deus encontrou-se único e pleno no vazio infindável. Com isso, obteve a paz necessária para iniciar sua obra.
É só compreendendo as Batalhas Primevas que se entende a majestade dos arcanjos e sua superioridade em relação a todos os outros celestes.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Invocação de Lúcifer

Eu sou o Portador da Luz, o Filho do Alvorecer, a Estrela da Manhã. Sou o Eterno, o herdeiro do Criador. Sou o brilho do sol e o fulgor do infinito. Sou o mais puro, o mais belo, o mais reto. Mas hei de subir ainda mais e consagrar o meu nome.

Horeb e Masada

O Horeb fica ao norte do monte Sinai, embora hoje os mortais acreditem que as duas montanhas são o mesmo lugar.
Masada é a capital de uma seita judaica ameaçada pelo poderio romano. Em 73 d.C., quando a cidade finalmente caiu, depois de dois anos de cerco, os defensores cometeram suicídio, para não entregar a vida aos invasores estrangeiros. Hoje o pináculo é uma fortaleza de espíritos.
Em Masada, restavam os fantasmas, remanescentes de um grupo que jamais admitiu a derrota e por isso continuava preso ao astral, incapaz de seguir para o céu. Como Masada, havia, as margens do mar Morto, dezenas de outras cidades que pereceram da mesma forma, ao longo de milênios de guerras e catástrofes. E a mais célebre delas ainda estava por vir.
Ao sul do mar Morto, um dia, existiu uma cidade chamada Sodoma, uma terra habitada por homens justos, mas governada por juízes tiranos. Como muitas cidades derrubadas pelas catástrofes, a exemplo de Enoque e Atlântida, o pouco que ainda restava de Sodoma descansava nas profundezas, em meio aos pedregulhos enrijecidos e ao magma fervente.
O Altíssimo nada tem a ver com esse sofrimento. O grande Yahweh, jaz no cosmo desde o fim do sexto dia. A partir de então, os arcanjos assumiram seu trono, e foram eles que determinaram a devastação de Sodoma. O mandante da destruição de Sodoma foi Miguel, o Príncipe dos Anjos.
Megido, a Montanha no Extremo do Mundo, é o marco bíblico para a extinção do planeta, profetizado como o local do embate final entre as forças do bem e do mal.

Chamas Negras

As chamas negras são um tipo de flama mística, distinta das flamas normais, que não só consome materiais inflamáveis, mas todo tipo de substância, orgânica ou inorgânica. O fogo negro leva a combustão pedra, metal, carne, concreto e qualquer outro objeto que for posto em seu caminho. 
O fogo comum, conhecido pelos homens, é só um tipo de ardência universal. Há muitas outras, como o fogo verde, ou fogo de Xahra, e o fogo azul, ou fogo das fadas, que só produz luminescência.
As chamas negras é a flama mística da espada do Arcanjo Sombrio, Lúcifer.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Constantinopla - O Fim de Uma Era

Constantinopla, a Rainha das Cidades, a capital do Império Bizantino no ponto mais oriental da Europa. Se alguma coisa restara da glória dos césares, era Constantinopla que a detinha. Centro da Igreja Ortodoxa e cerne da cultura grega, a cidade guardava, ao fim da Idade Média, o saudosismo de uma época de patrícios e imperadores, gravada em mármore e ouro. Mas o passado longo terminaria em cinzas.
Depois de mil anos de trevas, a Idade Média chegava ao fim. Um novo poder muçulmano se levantava no leste e avançava para o Ocidente como um tigre faminto a caçar sua presa. Os turcos otomanos, sob o comando do sultão, ameaçavam a Europa. Primeiro, invadiram a península Balcânica e derrotaram os cristãos europeus que vieram libertá-la. Depois de um curto período de estagnação, durante o qual os islâmicos combateram uma ofensiva mongol, as guerras começavam no oeste. Em pouco tempo, todo o Império Bizantino estava sob o jugo turco, a exceção de sua capital, Constantinopla.
Constantinopla, outrora chamada Bizâncio, era uma cidade grega encravada no estreito de Bósforo, até que, em 330 d.C., o imperador romano Constantino, o Grande, a transformou na capital do Império Romano do Oriente, a segunda metrópole dos césares. Sua cultura era uma eclética congregação das artes grega, romana e cristã. Seus cidadãos, cristãos ortodoxos, não respondiam ao papa e tinham seu próprio patriarcado.
Consideravam bárbaros os homens do Vaticano. No apogeu, esse reino oriental estendia-se do sul da Itália até a Síria e a Armênia, quando então os muçulmanos apareceram no teatro da história.
Em 1439, o imperador de Bizâncio, Constantino XI, reconheceu que a capita não resistiria ao assalto dos otomanos. Em uma última tentativa desesperada, engoliu o orgulho e foi a Roma propor a união das Igrejas do Oriente e do Ocidente, esperando, assim, receber o auxílio de que precisava para expulsar os invasores. Mas, apesar da união, o monarca encontrou um duplo fracasso. O povo, mesmo sofrido, não aceitou bem o acordo, e assim nenhum soldado foi enviado para o leste. Depois, os turcos e acotovelavam nas muralhas, e dali em diante a queda de Constantinopla era só questão de tempo. 
Em janeiro de 1453, o imperador recebeu novo alento, com a chegada de dois navios genoveses sob o comando do célebre guerreiro Giovanni Glustiani, um general que assumiu o comando das tropas e lutaria até a última gota de sangue pela cidade castigada. Mas o exército otomano era imenso. Calcula-se que o sultão Maomé II dispunha de trezentos mil homens contra nove mil defensores. Ademais, os agressores contavam com artilharia, que aos poucos minava a resistência das muralhas.
Os tambores otomanos rufavam ao longe, enquanto seus guerreiros se preparavam para a batalha final. Em meio a confusão, uma missa solene era celebrada na fabulosa Igreja de Santa Sofia, com suas cúpulas colossais e seus ângulos curvilíneos. Nas ruas da metrópole, um cortejo deixava a basílica, e nele tomavam parte todos os habitantes civis de Constantinopla. À frente, os sacerdotes entoavam salmos e carregavam imagens de santos que, achavam, protegeriam a cidade contra a ofensiva noturna.
A cruz e o crescente -- murmuro a figura --. Um mesmo Deus, dois inimigos distintos. Os portões de Constantinopla cederam, e cinquenta mil turcos avançaram para as ruas. Nas avenidas, homens de armadura completa cruzavam espadas contra as cimitarras de seus invasores. O clangor do metal inundou os becos, como uma triste sinfonia de morte. Começava a ofensiva otomana, que prosseguiria por toda a madrugada.
Por duas vezes os muçulmanos foram repelidos, até que uma flecha perdida atravessou a couraça de um italiano moreno. Para o infortúnio dos defensores, era Giovanni Giustiniani, o general do exército. O moral dos homens caiu, um guerreiro de armadura reluzente tomou seu gládio e avançou pessoalmente ao comando. O bravo era ninguém menos que o próprio imperador. O soberano foi cercado e, depois de vencer cinco homens, uma lança perfurou-lhe o pulmão. Constantino XI estava morto, e os turcos ocupavam a cidade.
Percebendo a derrota, o pânico apoderou-se dos moradores, que fugiam aos milhares. Uma multidão correu para o porto, tentando embarcar nos navios ancorados. Outros procuravam refúgio no interior da Igreja de Santa Sofia, acreditando que seu caráter sagrado os pouparia de uma morte violenta.
Nas praças e nas ruas, a carnificina começava. Todos que fossem encontrados com armas nas mãos eram abatidos, fossem homens os mulheres, ricos ou pobres. Enquanto isso, os atacantes esquadrinhavam sistematicamente todos os bairros da cidade em busca de espólios.
Antes do sol nascer, o incêndio consumia os bairros mais altos. Os prisioneiros foram feitos escravos e, pela manhã, o sultão Maomé II recitou a prece muçulmana de quarta-feira no altar-mor da Igreja de Santa Sofia. A cruz que encimava a cúpula da basílica foi substituída pelo Crescente Islâmico, e os mosaicos cristãos foram cobertos com cal.
Eis que morreu a última cidade romana. E assim teve o fim da Idade das Trevas, afogada na chacina do tempo. Era o princípio da Idade das Luzes.

Zandrak e Seu o Rei

Abaixo do Vale dos Condenados, sob o solo, havia um descomunal emaranhado de túneis, que se estendia muito além das montanhas, superando em mil vezes o território do vale e alcançando uma profundidade incalculável. Esse lugar -- os Túneis de Zandrak -- era o lar dos baals, a casta infernal dedicada a tortura e ao tormento. Quem reinava em Zandrak era o demônio Balor, um abominável carrasco e executor, cuja mente perversa era capaz de formular intermináveis táticas de sofrimento.
Apesar de seu grande poder, Balor não era um anjo caído, e a sua história de ascensão é um exemplo de sucesso entre os espíritos corrompidos. Sua trajetória é uma mistura de crueldade insana e sorte titânica.
Balor uma vez fora um homem mortal, que vivera na Irlanda durante o século VIII a.C. Guerreiro respeitado e feroz, era o chefe de uma das primeiras tribos celtas, um povo que habitava a Europa Ocidental antes das invasões romanas. Mas uma profecia marcaria seu destino. Certa vez, um druida lhe contou que ele seria morto pelo próprio neto, por isso Balor trancafiou sua única filha, Ethlinn, em uma torre de pedra, para impedir que a moça se casasse e desse a luz seu assassino. Nesse meio-tempo, envolveu-se em incontáveis batalhas, sempre cercadas de fereza e barbárie. Em combate, perdeu um dos olhos, o que aumento ainda mais sua presença e carisma.
Os conflitos prosseguiram, até que o herói Cian libertou Ethllin do cárcere e a desposou. Dessa união nasceu o menino Edan. Quinze anos depois, pai e filho partiram para a guerra das tribos. No calor da peleja, Edan matou seu avô Balor com uma lança que lhe perfurou o olho saudável, vingando assim o aprisionamento da mãe. A fúria do coração do chefe persistiu mesmo após sua morte e, acredita-se, foi essa raiva que o consagrou no Sheol. Rapidamente ascendeu na rígida ordem dos baals, tornando um modelo para os seus iguais e depois um líder admirado, superando seus rivais por meio de violência e intrigas. Para acalmar seu ódio enlouquecido, Balor passou a torturar e a mortificar todos os condenados lançados aos túneis, em suas câmaras de dor nos calabouços de Zandrak.
A aparência desse furioso infernal é como de um gigante, alto como dois homens comuns e gordo como três ursos selvagens. O abdome dilatado, sempre a mostra, vive sendo acariciado pelas enormes mãos. No centro da fronte (testa) sustenta apenas um olho, grande e negro, e a boca imensa está sempre babando fluídos gosmentos. Uma cabeleireira fétida, suja  como lodo, escorre até a altura dos ombros.

A Transformação Física de Lúcifer

O corpo delgado de Lúcifer foi objeto de uma transformação instantânea e assaz assombrosa. Em uma fração de segundo, o Arcanjo Sombrio cresceu em tamanho, convertendo-se em um ser monstruoso. A pele engrossou e os músculos saltaram, enquanto as penas se moldavam em patas de cabra. Das mãos brotaram garras, e um cauda enorme apareceu, no mesmo momento em que o rosto macio se convertia em uma carranca satânica, com chifres negros e presas vermelhas. Estrela da Manhã, agora era um demônio de Três metros.

domingo, 5 de junho de 2016

Lilith, A Rainha das Succubus

Sobre as planícies cinzentas do Sheol voa um animal com grunhido agudo, um animal de asas largas e compridas, como a dos pteranodontes, um dos répteis alados da era jurássica. O corpo era como lava esfriada, negro, com veios flamejantes delimitando seções na casca. No lombo sustentava uma mulher-demônio, de longos cabelos ruivos e olhos azuis. A silhueta era perfeita, e a expressão, sedutora. O cheiro que exalava era como das fêmeas no cio, que incitam os machos a fornicação. Guiava a montaria com apenas uma das mãos, e com a outra carregava um tridente afiado. Não usava roupa alguma, e a cauda pontuda era a única coisa que a distinguia como um ser infernal.
As succubus são mulheres-demônio que tentam os homens por meio da atração sexual e dos prazeres carnais. Habitam especialmente os domínios de Asmodeus, o mais pervertido duques do inferno. Lúcifer também as usava para satisfazer seus caprichos, e dentre elas, Lilith era sua principal cortesã.
Lilith não é nem anjo caído e nem espírito mortal, porque nunca morreu realmente. É um entidade única, foi a primeira esposa de Adão, mas se recusou a se submeter as suas vontades. Por isso ele a expulsou da sua casa, e ela passou a vagar pelo mundo, até conhecer o Arcanjo Lúcifer, por quem ela se apaixonou. Entregou-se ao celeste, em troca ele concedeu a vida e a fertilidade eterna. Durante incontáveis séculos, foi seus olhos e ouvidos na Haled, e então, depois da queda dos anjos rebeldes, o Filho do Alvorecer a trouxe ao seu reino e a fez uma líder de casta.
Quando perguntada sobre o amor ela diz: "o amor é uma tolice. Ele nos torna fracos, vulneráveis. O amor é uma ilusão passageira, fadada a terminar um dia. Só os imbecis se rendem a tais sentimentos. O amor por si é o único amor verdadeiro, porque no fundo todos nós, homens, anjos ou demônios, somos egoístas ao extremo. Quando amamo alguém, é porque assim nos sentimos felizes, e não o contrário".
Os infernais a temiam e estavam sempre bajulando-a, calculando as palavras. Ela diz mais: "a busca pelo prazer individual é o verdadeiro sentido da vida". Alguns encontram  volúpia no sexo, outros no poder, outros na guerra. No fim das contas, é só isso que importa: encontrar o prazer e a felicidade, seja como for. As consequências são secundárias.

O amor essencial reconhece o respeito,
não só por si mesmo, mas por todos 
aqueles que estão envolvidos. Por
isso a consequência de nossos
atos devem ser medidas.
(Ablon).

sábado, 4 de junho de 2016

Os Campos da Morte

O Sheol, ou Inferno, é uma das dimensões inferiores, localizada no canto mais obscuro do cosmo. Há muitas outras dimensões como essa, mas nenhuma tem igual importância e interesse da terra. Por milhares de anos, o Sheol foi tão somente um buraco, um lugar vazio e abandonado, até a chegada de Lúcifer e de seus anjos caídos. Desde então, foi dividido em nove reinos, controlados por nove duques, que preferem ser chamados de príncipes. No topo da pirâmide está o oniponente arcanjo Sombrio, que a todos vigia e comanda. Ele é auxiliado de perto por Samael, a Serpente do Paraíso, que é também seu lugar-tenente.
Os duques tem poder sobre seus domínios, que são, por sua vez, seccionados em inúmeras províncias governadas por senhores demônios. Os combates entre as províncias e até mesmo entre os reinos são constantes. No Sheol sempre há guerra, embora uma palavra de Lúcifer seja o bastante para paralisar qualquer conflito e estagnar os movimentos de tropas. Esses embates são a principal causa do extermínio de demônios, o que, teoricamente, reduziria a população do inferno, não fosse o turbilhão de almas maléficas que chega as mãos do Diabo todos os dias. Em um lugar tão terrível, só os fortes resistem, e os poucos sobreviventes ascendem na hierarquia infernal. Diferentemente do céu, onde os anjos são separados dos santos e dos mortais que morreram como justos, no Sheol até mesmo o espírito mais insignificante é aceito nas hostes malignas e, se for dotado de crueldade e malícia suficientes, pode galgar o comando, chegando ao controle de uma província. Os duques, entretanto, são muito poderosos para serem subjugados. São todos anjos caídos, celestiais que lutaram, um dia, ao lado da Estrela da Manhã, em sua legendária batalha contra o Arcanjo Miguel.
No Sheol, o céu é rubro, sem sol ou estrelas. As cores, ali variavam entres o preto e o cinza, dando um tom depressivo a paisagem. Até o ar era pesado, opressivo e fétido. Havia, em toda parte, um assustador cheiro de morte, e ao longe escuta-se o som do lamento dos condenados.
Em uma planície imensa existe um abismo circular, como um redemoinho no chão. Seu eixo afunila-se até cair em uma negritude grotesca, em um ponto onde nada havia, a não ser a solidão infinita. Centenas de almas sem rosto caminhavam em fila indiana e se jogavam, sem vontade, no poço abissal. Não tinham energia e nem força para reagir. Simplesmente aceitavam o destino que lhes fora imposto, de cabeça baixa e olhos passivos. Nem uma amarra os prendia, mas grupos de demônios com cara de caveira e chifres de cabra chicoteavam os passantes. Do abismo, levantava uma fumaça que impregnava todo o planalto.
Os Campos da Morte é para onde vem as almas dos inúteis, dos suicidas, daqueles que desistiram da vida. Nem mesmo os demônios os aceitam.
Aqueles era o Abismo de Numbye, uma passagem para o limbo, o vazio supremo entre as dimensões, o território do nada cósmico. Uma vez lançada ao limbo, a alma se perde para sempre na completa e total desolação do universo e não pode ser resgatada. Passa a eternidade boiando na lufadas dos ventos místicos, consciente o bastante para não se abster do terror, mas incapaz de resistir aos tormentos.
Os grupos de demônios com cara de caveira e chifres de cabra são a casta dos baals que é composta por adoradores da morte e da tortura. São análogos aos celestiais hashmalins, a ordem dos anjos que controla a Gehenna.

O Velho Carvalho

Condado de Exmoor, sul da Inglaterra, 1231 d.C.

Os dias sombrios chamados de Idade das Trevas. Tempos sangrentos eram aqueles, quando homens de honra partiam para a guerra com suas armaduras polidas, enquanto os camponeses, famintos, trabalhavam a terra, subjugados por ociosos tiranos. Era a época de grandes castelos e cavaleiros, dos senhores feudais, do apogeu da Igreja e também das Cruzadas, gigantescas jornadas militares postas em curso para expulsar os muçulmanos da Terra Santa.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Jerusalém

Neste artigo falarei mais um  pouco sobre a Cidade Santa (Jerusalém), conforme os relatos de Ablon (O Anjo Renegado). 
Ablon relata que ele estava em um ônibus com dois celestes, Aziel e Sieme, o ônibus deu a volta na Cidade Nova, passando pelos bairros principais da Jerusalém moderna, cruzou o monte Sion, atravessou o vale do Cédron, contornou o centros histórico pelo sul e subiu o Monte das Oliveiras, parando finalmente na Rua Jericó. Atrás deles, morro acima, estava o cemitério judeu, com seus túmulos centenários, incluindo as sepulturas dos profetas Zacarias e Malaquias e o jazigo de Absalão, o rebelde filho do rei Davi. À frente, o vale de Josafá, uma depressão hoje pouco usada por ser escarpada, separava-nos dos muros da Cidade Velha.
Depois de milênios, eu (Ablon) regressava ao meu ponto de duelo, o lugar onde travara o épico combate com o Arcanjo Gabriel (o qual não relatarei). Dali, de cima do morro, os três anjos contemplaram a Cidade Velha, com suas casas antigas e ruas estreitas, dando cor a uma paisagem de tonalidade uniforme, meio marrom, meio cinzenta. A área colada ao monte das Oliveiras, delimitada pelo muro ancestral, abrigara, havia anos, o Templo de Salomão e depois o Templo de Herodes.
Por mais de meio século, a esplanada descansou em ruínas, até que os muçulmanos recuperaram o local em 691, construindo o Domo da Rocha, uma magnífica mesquita de cúpula dourada, que até hoje é o principal cartão-postal de Jerusalém. A área toda é considerada sagrada e conta com outras edificações célebres, como a Mesquita de El-Aqsa e o Museu de Arte Islâmica. A oeste, uma seção do muro separa a esplanada do Templo do bairro judeu. Essa muralha, conhecida como Muro das Lamentações, é atualmente a referência mais adorada do judaísmo, porque é a única parte que resistiu ao incêndio que devastou o Segundo Templo.
Adiante, o general avistou o bairro muçulmano e, além dele, o bairro cristão e o armênio, repletos de igrejas e patriarcados.
Já eram quase oito horas da manhã quando os três chegaram ao portão, construído pelo sultão Suleiman, o Magnífico, em 1538. Ao transpor o arco de pedra, o aroma mudou para de uma nova cidade. O chão, os muros, as casas e vielas e o povo das ruas. Em Jerusalém, as marcas das história estão em todo lugar, em cada canto, em cada esquina. São as impressões de uma cidade milenar.

Apollyon

Apollyon era um caçador e, assim como Ablon, sabia ocultar sua aura. Aliás, não era apenas um caçador, mas o maior de todos os assassinos do inferno.
No mundo espiritual, Apollyon tinha o rosto de monstro, com olhos negros como o abismo e dentes pontiagudos que saltavam da boca. No plano físico, porém, parecia um mortal, porque essa é a aparência dos avatares dos anjos e demônios quando materializados. Na Haled (plano físico), portanto, fazia-se por homem, um sujeito carrancudo, bronco, de cabelos escuros e corpo fortíssimo. Tal qual o seu inimigo renegado, Apollyon era um lutador implacável e tinha habilidades furtivas. Era mais forte que Ablon, porém muito mais lento. Os malikis, a casta de demônios guerreiros, eram bravos, indisciplinados e incontroláveis, exatamente o inverso de seus adversários celestes, os querubins.