domingo, 12 de março de 2017

Desvendando O Egito (Os Faraós do Egito)

O exemplo de Tutancâmon, é mais que o suficiente para ilustrar o fascínio que a figura do faraó exerce até hoje em nossa civilização. A imagem que chegou até nós foi a de governantes déspotas que eram soberanos em todos os sentidos. Considerados encarnações de deuses na terra, eram mais do que simples figuras que cuidavam do país. Sua vontade imiscuía-se até nos assuntos mais mundanos e cotidianos de seus súditos.
Esses conceitos, preservados por meio de sua escrita pcitórica chamada de hieróglifos, resistiram por mais de cinco mil anos a passagem do tempo em si. É claro que tanto a literatura quanto o cinema usaram e abusaram desses retratos e passaram a nós um ideia que somente recentemente começou a se modificar sobre o papel dos faraós.
O importante para quem não é um egiptólogo e estuda ao assunto de maneira informal é saber que o faraó (termo egípcio que significa "casa grande") era o senhor do Egito. Tudo o que lá havia, das coisas maiores ou menores, era de sua propriedade. O que estava de acordo com o conceito geral de que o rei era considerado um deus entre o egípcios. E justamente por ter essa "descendência", recebia como missão zelar e proteger seu povo. Um detalhe curioso: a tal "casa grande", a que se refere a palavra faraó, designava mesmo a moradia do soberano, mas não se sabe ao certo quando ou como o termo passou a definir o próprio rei. Alguns pesquisadores estimam que isto possa ter acontecido em algum ponto entre os anos de 1400 e 950 a.C.
Grande parte do poder do Egito vinha do fato de que seu povo vivia numa teocracia, ou seja, apenas deus encarnado podia governar. Essa diferença no estilo de gerenciar sua nação mostrou-se útil, pois ao contrário de seus vizinhos, que possuíam cidades bastantes independentes entre si, o Egito era um estado forte e centralizado.
A sociedade egípcia estava, de fato, dividida e quatro grandes classes: o faraó, claro, ficava no topo; logo abaixo vinham os nobres e os funcionários palacianos (que eram os sacerdotes, escribas e oficiais militares); depois vinham os mercadores, artesãos, operários e camponeses; e por fim os escravos, que eram conquistados e guerras ou ficavam naquela posição por não terem como pagar os impostos.
Essa aparente autonomia do faraó em mandar e demandar tinha um limite. Afinal, nem todos sabia ler ou escrever naquele tempo e cabia aos escribas essa tarefa. Eram eles que "traduziam" a vontade do soberano e cuidavam de ações como a contabilidade do reino, a arrecadação dos impostos e as negociações me geral, E mesmo o luxo do faraó era, de uma maneira ou de outra, sustentado pelo camponês que, todo ano, era obrigado a passar um excedente de sua produção ao faraó. Essa era a riqueza que financiava a vida opulenta desses soberanos, de sua família e até dos funcionários do palácio. Parte dessas contribuições era transformada em recursos para construção de grandes obras públicas, enquanto outra parte não era negociada e ficava armazenada para períodos de baixa colheita.
Assim, cada ato do governo egípcio era definido pelo representante das chamadas dinastias, uma família que reinava por certo tempo. Num período de nada menos que três mil anos, pode-se observar avanços maiores ou menores em vários campos, incluindo científicos, tudo de acordo com a simpatia do faraó por esta ou aquela atividade. Eram eles quem determinavam quais os templos que seriam destruídos, quais os países que seriam enfrentados em guerras, entre outras coisas. Em compensação, foram um dos primeiros povos a fazer uso de uma escrita elaborada, conhecer ciências como a Medicina, a Matemática e a Astronomia, além de conseguir reaproveitar regiões desérticas.

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